Suirá é uma produtora cultural cuja paixão pela arte faz parte de seu DNA. Filha de um artista plástico, ela é formada em Administração e trabalhou no mercado financeiro antes de migrar para a indústria criativa em 2013, quando passou a trabalhar como produtora independente. Além de atuar como produtora e empresária artística, Suirá é DJ e já iniciou quatro empresas independentes e inúmeros projetos autorais, entre eles o coletivo Freeda Baile.

Em 2016, tornou-se produtora chefe do grupo Matriz, maior grupo alternativo de casas noturnas do Rio de Janeiro, sendo responsável pela programação integral da Casa da Matriz e Vizinha 123. Durante esse período, Suirá participou de diversos eventos culturais e trabalhou com artistas renomados, como Planet Hemp, Orquestra Abayomy, BNegão e muitos outros. 

Em 2017, lançou a produtora Frequência, representou a D-Edge no Rio de Janeiro, empresariou o artista Marcelo Vig e representou artistas como Biltre e Marcos Suzano. No ano seguinte, mudou-se para o Canadá, onde deu início à sua participação na ILive Radio - à frente do programa Organic Beats (com transmissão também para o Reino Unido) - e criou a primeira escola de empreendedorismo artístico Suira.art. A escola oferece cursos online e mentoria a artistas que queiram viver de sua arte, trabalhando não só com músicos como também com estilistas, artistas plásticos e escultores de 10 países diferentes. 

“Artistas não tem muito suporte para o serem. Muitas pessoas não consideram essas profissões e não há qualquer apoio formal ao artista que decide ser profissional. No meu entendimento, isso desestimula que novas gerações escolham esse tipo de carreira. Mas então o que acontece num mundo onde arte não tem apoio? Será que a arte morre? Eu decidi que era hora de oferecer esse tipo de apoio, e fechar essa lacuna. Foi assim que surgiu a ideia da criação da escola”, ela recorda. 

Por acreditar em uma arte mais democrática, diversa e que educa a sociedade, Suirá desenvolve iniciativas que promovem o artista a empreendedor. É através da sua metodologia própria que ela constrói estratégias que vão além do viral, focando em construir carreiras duradouras e sustentáveis.

“Eu sempre valorizei muito a arte e a cultura, acredito que é isso que nos diferencia enquanto espécie. Temos a capacidade de criar um mundo imaginário, paralelo ao mundo real, e conseguimos compartilhar com os outros ideias, emoções e sentimentos atreladas a esse mundo que criamos. Seja na música, no cinema, na dança, na moda, nas artes plásticas ou em qualquer outra representação artística, passamos à frente nossa cultura, nossos símbolos e nossa história. A arte transforma indivíduos separados em um grupo coeso. Somos um porque dividimos os mesmos mundos imaginários. Por isso acredito que ao investirmos em arte e cultura, estamos estamos valorizando o nosso sentimento de união e comunidade”, resume.